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Boa parte das grandes empresas que conhecemos hoje viram suas áreas de TI se desenvolverem nos últimos 30-40 anos, muito provavelmente a partir de uma salinha com equipamentos em cima de mesas e um carinha que sabia tudo de computadores. Esse rapaz, muitas vezes, era o mesmo que precisava saber tudo sobre impressoras, máquinas de xerox, fax e já ouvimos relatos de alguns que tinham que cuidar até do ar-condicionado. Era o cara da informática.
Com a adoção massiva e a evolução da tecnologia, a salinha evoluiu para grandes datacenters e o rapaz solitário ganhou dezenas ou até centenas de colegas de trabalho. Apesar disso, décadas depois muitas dessas empresas ainda não reconhecem a evolução da TI de operacional a estratégica e a enxergam como custo ou um mal necessário.
Com orçamentos limitados, a área de TI muitas vezes mantém o mesmo conceito dos profissionais “faz-tudo” que “apagam incêndios” e como consequência, vem a percepção de que os custos da TI não se justificam.
Com base em tantas empresas e profissionais que conhecemos ao longo de décadas de trabalho, vamos arriscar algumas sugestões para tentar reverter essa visão onde ainda for uma realidade e esperamos contribuir com alguns insights.
A área de TI precisa ser estratégica e ir além do suporte técnico e operacional, desempenhando um papel proativo na criação de valor com vistas para os objetivos organizacionais.
Para que isso aconteça, é indispensável que os profissionais de TI também entendam a dinâmica do negócio, buscando oportunidades de melhorias para as áreas. Em contrapartida, ao enxergar a TI como uma aliada, as áreas poderão melhorar seus processos através do uso da tecnologia, deixando de lado a shadow IT (que não é a sua especialidade), além de processos físicos e manuais.
Criar e desenvolver essa cultura é um passo importante para a tão falada transformação digital, que requer uma mudança de mindset em toda a organização. Atualmente existem soluções para praticamente todos os segmentos, áreas e tamanhos de negócio e, com projetos bem implementados, a empresa como um todo só tem a ganhar em eficiência, produtividade e consequentemente em lucratividade também.
Por outro lado, os profissionais de TI também precisam desapegar de bits e bytes, uma vez que, ao contrário de 30 anos atrás, é impossível conhecer, dominar ou estar atualizado em tudo, já que o universo tecnológico que os cerca é infinito, mas seu tempo não. É fundamental que seu foco esteja nos conceitos que podem ajudá-los a direcionar ações mais assertivas para cada demanda, cercando-se de parceiros que possam apoiá-los em tarefas repetitivas e não-estratégicas e formando times que sejam capazes de endereçar as melhores soluções para cada camada do ambiente.
A área de TI desempenha um papel estratégico quando se posiciona como um facilitador da transformação do negócio. Sua atuação pode melhorar a eficiência, a agilidade e a competitividade, além de abrir novas oportunidades de mercado. Veja outras maneiras de como ela pode ser estratégica para o negócio:
A TI é um pilar estratégico para negócios que buscam inovação, eficiência e competitividade. Ela pode transformar processos internos, melhorar a experiência do cliente e abrir novos caminhos para o crescimento.
O papel estratégico da TI envolve planejamento proativo, implementação de tecnologias adequadas e estabelecimento de políticas robustas. O segredo está em alinhar a TI com os objetivos estratégicos da empresa, garantindo que cada investimento gere valor direto ou indireto ao negócio.
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